terça-feira, 25 de junho de 2013

Cuba - 7º dia - Havana - Ultimo dia

31.07.2011

Museu da revolução

La Floridita

La Floridita

Quando Hernest Hemingway morou em Cuba este era o bar que frequentava. Aqui é-lhe feita homenagem com uma estátua dele sentado a este mesmo balcão. 
La Floridita é também conhecida como o berço do daiquiri.. Não deixem de pedir um, é magnifico!
Por coincidência do destino, nem um mês depois deste dia estaríamos a 90 milhas de distância de Cuba mas em território americano, no Sloppy Joe's, outro bar que o Hemingway frequentava quando residiu em Key West, Florida.


Homenagem a Eça de Queirós, Cônsul de Portugal em Havana de 1872 a 1874, desenhado por Almada Negreiros, executado por Viúva Lamego e doado pelo Grupo Amorim.
Muito procurei em Havana por esta obra e tive de perguntar a muita gente para a conseguir encontrar. Infelizmente já não consigo dizer o nome do bar onde se encontra.

 Plaza Vieja

A Plaza Vieja é lindíssima. Provavelmente está imperceptível mas a placa de azulejo é também Viúva Lamego.




sexta-feira, 21 de junho de 2013

Cuba - 6º dia - Cayo Largo

30.07.2011


Acordámos era ainda noite cerrada, descemos para o lobby do hotel e aguardámos pelo transfer que nos nos iria levar para o aeroporto de onde seguiríamos para Cayo Largo. Tanto esperámos que desesperámos.
Ao fim de meia hora começámos a telefonar para a agência, mas claro, atender está quieto.
Ora, àquelas horas da madrugada, com o sol ainda para lá do horizonte, um lobby sem vivalma, uma total ausência de informação e após uma hora de espera já começávamos a temer pelo pior dos cenários. Será que se esqueceram de nós? Será que fomos aldrabados? Será que vamos perder o voo?
Só passado mais de uma hora, sim, uma hora, depois do combinado, chega um motorista alegre e contente, como se de nada se tratasse. Nem vou começar a descrever o relambório que levou do Pedro.

Felizmente, lá seguimos para o mini-aeroporto e apanhamos o voo da Aerogaviota com o romper do dia. Serviram-nos uns rebuçados a bordo e passados 20 minutos estávamos a aterrar em Cayo Largo.




A primeira paragem foi o Centro de Resgate de Tartarugas. Aqui, os ovos das tartarugas são resgatados da praia, onde têm pouca probabilidade de vingar, e são colocados em incubadoras, que na realidade não passam de buracos escavados na areia mas devidamente controlados.
Os ovos têm de ser escrupulosamente colocados na posição em que se encontram em cima, ou seja, com a parte branca opaca para cima. Caso contrário as tartarugas podem nascer com deficiência ou mesmo não nascer.
Estes que aqui se vêm foram colocados pelo Pedro e por mim. Onde andarão os pequenotes a esta hora?



Cada buraco é cuidadosamente tapado e identificado com uma placa a descrever o dia em que lá foram colocados e o dia em que se prevê que nasçam.
Assim que os ovos eclodem, o pequeno monte que se vê por trás da placa, abate-se e denuncia que as tartarugas irão emergir a qualquer momento.
Nessa altura é colocada uma rede em volta do local para que elas não dispersem ao irromper da areia.


Assim que todas as tartarugas sobem, são colocadas em tanques, sendo que algumas aqui ficam por toda a vida e outras são devolvidas ao mar na esperança que sobrevivam e completem o seu ciclo de vida.


O resto da manhã foi passado num barco cuja primeira paragem foi a ilha das iguanas. Eram aos magotes e totalmente habituadas aos imensos turistas que ali são levados.



Enquanto a nossa magnifica lagosta estava a ser preparada parámos aqui para um memorável mergulho. Só mesmo nas caraíbas encontram-se água e areia assim...



Há 9 meses que não bebo uma cerveja. Quantas saudades...

A tarde foi passada na praia e ao final do dia apanhámos voo de volta para Havana. Cayo Largo é imperdível!

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Cuba - 5º dia - Viñales - Pinar del Rio

29.7.2011



Cumpridas as obrigações, dedicámos os últimos dias que nos restavam a passear pela ilha de Cuba. Neste dia optámos por visitar a província de Pinar del Rio.
O ideal teria sido conseguir alugar um carro e ir por nossa conta, como sempre gostamos de fazer, mas, infelizmente, Cuba está transformada numa gigantesca armadilha para turistas. Muito diferente do que nos recordávamos ser quando cá estivemos em 2006.
Explicando um pouco melhor, e no que se refere a esta questão dos carros, como tentam rentabiliza-los ao máximo permitem apenas o aluguer pela duração mínima de 1 semana, o que não se adequava de maneira nenhuma às nossas necessidades.
Acabámos por ir numa excursão, com tudo o que de bom e de mau tal implica.
De bom, conseguimos obter muito mais informação sobre o que estamos a visitar, sentimo-nos mais seguros e tudo se desenrola com maior despreocupação.
De mau, o costume, a paragem em todas as capelinhas de vendas ambulantes de artesanato, visitas a alguns locais sem qualquer interesse, só para encher, e um almoço em grupo, de parca qualidade, supostamente incluído mas onde nos são cobradas as bebidas à parte sem que de tal nos informem previamente. O verdadeiro sugar do turista até ao tutano.


Visitámos uma fábrica de tabaco onde não nos deixaram tirar fotos, o que até se compreende visto que tudo é, essencialmente, feito à mão. Também não gostaria de estar a trabalhar numa fábrica com turistas a disparar flashs na minha cara pelo dia a fora. 
O trabalho é todo ele manual mas também todo ele altamente especializado. Para poder trabalhar numa fábrica destas é necessário passar por uma formação com duração de 8 meses.
O verdadeiro charuto cubano é sempre enrolado à mão e por mãos altamente especializadas e treinadas. É impressionante ver a rapidez e perfeição com que um charuto é enrolado.

Vale de Viñales

O vale de Viñales foi classificado em 1999 como património mundial da UNESCO. É caracterizado por estas colinas arredondadas que se vêm em cima e pelas enumeras cavernas que nelas se desenvolvem. Vale a pena visitar.

domingo, 14 de outubro de 2012

Cuba - 3º e 4º dias - Havana

27 de Julho 2011
Embaixada portuguesa em Havana

Ao final do 3º dia de feriado nacional aproximava-se o primeiro dia útil desde a nossa chegada. O Pedro teria de se deslocar à Embaixada portuguesa e achámos por bem localiza-la com antecedência.
Começamos o dia com um pequeno périplo pela zona das embaixadas.


Durante a tarde o Pedro teve de trabalhar e eu aproveitei para descontrair um pouco na piscina do hotel.

28 de Julho 2011


No dia 28, começamos por resolver as questões profissionais que traziam o Pedro a Cuba. Conhecemos o Cônsul português em Havana que muito simpaticamente nos recebeu.

Durante a tarde voltámos ao centro de Havana onde passeámos descontraidamente e à noite jantámos num Paladar, designação dada às casas dos cubanos abertas ao publico em jeito de restaurante.
Este era um dia muito especial para nós pois celebrávamos o nosso 4º aniversario de casamento e o local que escolhemos para jantar tinha de ser também especial. A comida era caseira e deliciosa, tínhamos uma vista fantástica sobre a praça da catedral, e claro eu tinha a companhia perfeita. Uma noite inesquecível!

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Cuba - 2º dias - Havana

26-07-2011

Desde que chegámos a Havana que tentámos alugar um carro por um ou dois dias. Foi-nos dito que se quiséssemos carro para uma ou duas semanas que se arranjava qualquer coisa mas para um ou dois dias ia ser dificil. Há poucos carros na ilha e quem os tem poe-nos a render o melhor que pode. Azar o nosso.
Pusemos pés ao caminho para conhecer as praias do leste. São a sensivelmente 30 km de distancia da capital e existem autocarros em Havana que fazem o percurso até lá. Aconselho vivamente.


Estava um dia abrasador, de tal modo que não conseguimos manter-nos na praia por muito tempo, nem mesmo à sombra de um coqueiro que por sorte encontrámos.

A sombra era preciosa e muito cara. Os hotéis adjacentes à praia disponibilizavam chapéus e espreguiçadeiras a preços exorbitantes e o nosso coqueiro revelou-se rapidamente insuficiente para nos proteger to calor que se sentia. Acabámos por ir para uma barraquinha almoçar e beber umas cañas que nos souberam pela vida.

E não é que de repente começa a ficar nublados e temos diluvio? A barraca onde estávamos e onde praticamente éramos os únicos clientes foi invadida por gente que saía em debandada da praia. A chuva, assim como surgiu, também desapareceu e nós entretanto já rumavamos de volta para Havana.

 Plaza de las armas

Na Plaza de las armas podem ver-se enormes sinos coloniais e comprar-se livros sobre o Che Guevara, Fidel, a Revolução Cubana, entre outros assuntos certamente revolucionários ou politico-filosoficos.

Palacio de los Capitanes Generales - Plaza de las armas

Pode não parecer, mas o passadiço que se vê, em cima, é feito em madeira. Perguntam porquê, certo? As carruagens e os cavalos, na época colonial, quando passavam tornavam-se bem mais silenciosos e assim permitiam que quem dormia a sesta no palácio não acordasse.

Bodeguita del Medio

E como não há fome que não dê em fartura, voltamos à Bodeguita del Medio para um belo mojito e um charuto ao som de dos gardenias para ti... São momentos como estes que ficam para sempre na memória.

 Bodeguita del Medio

sábado, 29 de setembro de 2012

Cuba - 1º dia - Havana

25.07.2011


Por coincidência apanhamos a celebração da revolução que dura 3 dias, 25 a 27 de Julho e por todo o lado que fomos viam-se motivos alusivos à celebração.
Uma vez que a nossa deslocação a Havana teve motivações profissionais, alguns dos meus dias foram ocupados na piscina a ler e a tomar banhos de sol, enquanto o Pedro ficava no hall do hotel a trabalhar, pois era o único local onde conseguia captar internet.

Talho


Felizmente também conseguimos passear. Começamos, claro por visitar de novo a cidade de Havana que continua, tal como a recordávamos, com um espírito muito especial.

Capitólio

Capitólio

Capitólio

Em 2006 quando visitámos o Capitólio tivemo-nos de contentar com a vista de fora uma vez que não estava aberto ao público. Desta vez continua sem estar aberto ao publico, no entanto, os guardas do edifício chegaram à conclusão que conseguiam melhorar os seus rendimentos mensais se levassem os turistas a conhecer o seu interior em troca de umas moedas. E assim ficamos todos a ganhar.

Catedral de Havana



Bodeguita del Medio

Ora aqui está a nossa maior falha da primeira vez que estivemos em Havana. Não tínhamos conseguido ir à Bodeguita del Medio. Quando ali passámos estava fechada e já não conseguimos regressar noutra altura.

Bodeguita del Medio

É obrigatório visitar a Bodeguita del Medio, um bar com vários espaços, acolhedor, vibrante e apesar dos turistas sente-se a alma cubana. Vale a pena vir com tempo para apreciar o ambiente, sentar calmamente, beber um mojito e ouvir magnifica musica cubana sempre tocada ao vivo.

Praça da Revolução
Malecón

terça-feira, 19 de junho de 2012

Cuba - Como aconteceu...

24.07.2011 

Já lá vai uma serie de tempo desde a minha ultima publicação. Não que tenha deixado de viajar mas a minha vida profissional deu uma volta de tal forma que na pratica deixei de ter tempo livre. Passado quase 1 ano a organizar o meu novo trabalho, finalmente vou conseguindo uns tempinhos para me dedicar a este blog. Antes de retomar os trabalhos, e uma vez que já lá vão 5 magnificas viagens desde a minha ultima passagem por aqui, ainda me debati sobre se deveria começar por falar da ultima viagem ou se retomar pela devida ordem cronológica. Ora, resolvi-me pela ultima hipótese. 


A meio de um dia normalíssimo de trabalho toca o telefone e é o Pedro. Começa por me dizer que tem de fazer uma viagem a trabalho e que gostava que eu fosse com ele: o destino era Cuba. Não a do Alentejo, entenda-se. Mas desde quando é que se fazem viagens de trabalho a Cuba? Replico. E não é que ele estava a falar a sério? Escusado será dizer que o resto do meu dia de trabalho ficou de pantanas. Pus-me logo a investigar viagens, hotéis, coisas para ver. Na realidade já tínhamos ido a Cuba em 2006 mas na altura ficou um amargo de boca por não termos conseguido ver uma série de coisas. Esta era a oportunidade perfeita para nos redimirmos. 

 
A viagem foi essencialmente profissional e foi envolta de secretismo. Eu não pude dizer a ninguém que ia viajar quanto mais o nosso destino. Não foi tarefa fácil conter-me mas à excepção dos nossos pais ninguém sabia da viagem. Uma semana depois estávamos a aterrar em Havana.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Açores - S. Miguel - 4º e último dia


12.3.2011
 
No último dia aproveitámos para conhecer melhor a cidade de Ponta Delgada.

Enquanto visitávamos uma loja de antiguidades mesmo no centro da cidade começo a ouvir ao longe um murmúrio em forma de canto. Saio da loja para ver o que se passa e apercebo-me da aproximação de umas boas dezenas de homens e rapazes na direcção da igreja Matriz de Ponta Delgada. Eram os Romeiros de S. Miguel.


Assim que termina o Carnaval dá-se início à quaresma na quarta-feira de cinzas. Desde esse dia e durante as 5 semanas seguintes até ao domingo de ramos vêm-se pelas várias estradas da ilha os chamados Romeiros de S. Miguel. São grupos de homens (apenas homens) que percorrem a ilha a caminhar e a rezar em voz alta.

Durante uma semana estes Romeiros levam consigo uma mochila apenas com o essencial, um xaile pelas costas, um lenço e um bordão feito em pinho à medida de cada um, todos carregados de simbolismo religioso.

O "procurador das almas" é o último do cortejo e recebe os pedidos de quem passa por eles na estrada, no meio vai o "contramestre" e o "lembrador das almas" e à frente a marcar o ritmo vão os guias.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Açores - S. Miguel - 3º dia

11.3.2011

Saímos do hotel com um tempo daqueles que ninguém deseja ao seu pior inimigo, muito menos quando está de férias. Para além do frio, para o qual não havia qualquer solução, o céu apresentava aquela tonalidade de cinzento a puxar para o alcatrão, do qual brotava uma chuva que podia perfeitamente ter ido para outras bandas regar couves. Nada me faria acreditar que seria possível melhorar nos próximos dias.

Metemos pés ao caminho, que é como quem diz metemos o carro na estrada e não é que esta terra conseguiu dar-me completamente a volta no que toca aos meus dotes de previsão meteorológica!? Percorríamos nós os parcos kms de auto-estrada que S. Miguel oferece na direcção este, quando passámos de um temporal a um dia de sol lindíssimo. Literalmente de um momento para o outro. Só visto mesmo.

A nossa primeira paragem foi em Vila Franca do Campo. Começámos por visitar a Ermida de Nossa da Senhora da Paz com esta linda escadaria que me fez lembrar o Bom Jesus de Braga.


Ao subir tivemos direito a esta magnifica vista sobre Vila Franca do Campo e sobre o Ilhéu de Vila Franca, uma pequena ilhota vulcânica a 500m da costa.


Daqui seguimos para a lagoa das furnas, um dos locais mais imperdiveis desta viagem. Mal estacionamos sente-se logo o ambiente vulcânico. Por entre ervas e terra há fumo e bolhas que se avistam. Deixámo-nos guiar pelo cheiro a enxofre e pelas nuvens de fumo e encontrámos este brinde da natureza.


Caldeiras naturais das furnas

Estas caldeiras estão vazias mas as que se vêm em baixo não estão. Aqui se faz o famoso cozido das furnas. Os ingredientes são colocados numa panela, que é enterrada nas caldeiras, coberta de terra e fica 6 horas a ser cozinhado pelo calor natural da actividade vulcânica.
A
o fundo avista-se a lagoa das furnas


O Pedro aproveitou a recomendação do senhor que estava a guardar as caldeiras com panelas e reservou o nosso almoço.


Estava delicioso. O cozido não é feito simplesmente a vapor, o que só por si já poderia indiciar uma maior intensidade nos sabores, o vapor é vulcânico o que dá ao cozido um sabor muito especial. Obrigatório!


Miradouro do Salto do Cavalo

Este é um dos pontos mais altos da ilha de S. Miguel. Daqui consegue ver-se a povoação das furnas em primeiro plano, de seguida a lagoa das furnas e por fim o oceano Atlântico. Umas das mais bonitas paisagens que já vi e não fosse o sol estar mesmo ali em contra-luz talvez uma das minhas melhores fotografias de paisagens.
Ribeira dos Caldeirões


No meio do nada, por entre curvas e contra curvas, encontrámos este jardim/ribeira/cascata. Uma bela surpresa.

Nordeste

Como o próprio nome indica, esta terra fica na ponta nordeste da ilha, onde tivemos a oportunidade de encontrar este sinal de trânsito tão inusitado. Daqui fizemos meia volta na direcção de Ponta Delgada.
Optámos por seguir numa estrada diferente para vermos outras paisagens e o caminho revelou-se efectivamente diferente a todos os níveis.

O luz escasseava, o caminho era de terra batida, estávamos meio perdidos e sem que no mapa conseguisse vislumbrar um fim próximo. Quando as coisas estão de tal forma mal há sempre maneira de piorar. Não é que o maldito carro começa a fazer um barulho estranho. Parecia que o escape ia a arrastar pelo chão. Ainda saímos do carro duas vezes para tentar perceber o que seria, mas os nossos vastos conhecimentos de mecânica automóvel foram insuficientes para tirar uma conclusão. Rede no telemóvel nem vê-la. Só de pensar que corria o risco de ficar a dormir naquele sítio... Nem me quero lembrar.
O barulho lá parou mas não consegui apreciar convenientemente a paisagem que era deslumbrante. Quando finalmente encontrámos uma estrada de alcatrão já era noite cerrada e bem feitas as contas demorámos 1 hora a percorrer meia dúzia de kms, embora me tivesse parecido bem mais tempo e bem menos kms. Uff!