terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Hungria - Budapeste - 4º dia e considerações finais

4.10.2010

Restava-nos uma manhã em Budapeste que queríamos aproveitar da melhor forma. Ainda pensámos em dedicar a manhã aos famosos banhos, eu até tinha trazido um bikini para o efeito, mas deu-nos preguiça. Para além disso pareceu-nos um pouco ridículo ir para os banhos, supostamente relaxar, e estar sempre a olhar para o relógio por causa da hora do voo. Desistimos da ideia.
Basílica de Santo Estêvão
Basílica de Santo Estêvão

Começámos por visitar a Basílica de Santo Estêvão que segundo consta é a par do Parlamento húngaro um dos dois edifícios mais altos da cidade, ambos com 96 metros, e que determina o limite de altura na construção de edifícios em Budapeste.

De seguida dirigímo-nos para o Parlamento húngaro pois ainda não o tínhamos visitado por dentro. Ao aproximarmo-nos damos com um aglomerado de pessoas aparentemente exaltadas com um dos guardas do Parlamento. Eram turistas a reclamar porque não os deixavam entrar. Estava fechado. Vejam só o nosso azar!
Mercado Central

Trocaram-nos as voltas mas rapidamente alterámos os nossos planos. Metemo-nos no eléctrico e voltámos ao mercado para fazer umas compras. Gostamos sempre de levar comida ou bebida local para casa, que desta vez foi chouriço e queijo. Daqui seguimos para o aeroporto e
bye bye Budapeste!


Informação útil e alguns conselhos:

Cambio
: 1,00€ = 273 HUF (Forints Húngaros). Não façam o câmbio no aeroporto. Troquem apenas o suficiente para apanhar um táxi ou o autocarro para o hotel e o resto aconselho a fazer numa qualquer casa de câmbio em Budapeste. Compensa bastante;

Alguns valores:
1 Bilhete de metro 340HUF, média das nossas refeições 2500HUF/cada um;

BOA VIAGEM!!!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Eslováquia - Bratislava - 3º dia de viagem


3.10.2010

Quem me conhece minimamente sabe que o meu gosto pelas viagens está bastante associado ao meu outro enorme gosto que é a fotografia. Portanto, viajar sem máquina fotográfica está para mim completamente fora de questão.

A minha anterior máquina fotográfica, deu o seu último suspiro uma semana antes de embarcar para São Tomé e Príncipe, em Junho passado, e como não poderia deixar de ser procedi imediatamente ao estudo exaustivo que antecede uma compra desta envergadura e comprei a minha D90 na véspera de embarcar.

Ora, tudo isto para que se entenda a minha imensa frustração quando acordo na manhã em que seguíamos para Bratislava e me apercebo que a bateria da máquina não tinha carregado durante a noite. Ainda hoje estou para perceber porquê mas o que é certo é que tinha a máquina inutilizada por esse facto.

Estação de comboios "Keleti pálvaudvar"

Lá fui eu muito desolada para o comboio. Ia pedindo emprestada a máquina do Pedro o que embora não satisfaça - não por esta ser de má qualidade, antes pelo contrário, mas porque tenho mesmo de ter uma só para mim - sempre dá para ir tapando o buraco emocional.

Claro que não me dei por derrotada, ai não não dei! Mal chego ao comboio tentei por todos os meios encontrar fichas onde enfiar o carregador mas sem sucesso. O desespero era tal que acabei por ir à cozinha do vagão restaurante pedir pela ficha tão desejada. E não é que um dos cozinheiros, pessoa para os seus 50 anos, amoroso, me arranjou uma ficha eléctrica no corredor que antecede o vagão restaurante?

Perguntou-me que língua eu falava ao que lhe respondi inglês e francês mas ele infelizmente não falava nenhuma das duas e tentou falar comigo em alemão, sempre com um enorme sorriso nos lábios. Ora, o meu alemão é mais ou menos como o meu chinês mas felizmente existe a linguagem universal que é a dos gestos. Pelo que percebi estava a aconselhar-me a ir dando uma vista de olhos no carregador pois poderia ali passar algum amigo do alheio.

O meu dia de cinzentão passou a solarengo só com a ajuda deste senhor. Claro que no final da viagem não me poderia ir embora sem me despedir dele. Mais uma vez tentou falar comigo em alemão e percebi que estava a perguntar-me a nacionalidade. Afinal o meu alemão até nem me deixou ficar assim tão mal. Respondi-lhe que era portuguesa. Despediu-se de mim beijando as minhas mãos e dizendo "obrigado". Ora vejam só!

Palácio Presidencial

Chegámos a Bratislava sem guia, mapa, ou qualquer noção seja do que for. Lá nos indicaram a direcção do centro da cidade e em 15 minutos a pé demos com ele.

Rio Danúbio visto do Castelo


Bratislava é uma cidade pequena e em 3 horas o essencial estava visto. Passámos pelo palácio do governo, passeámos pelo centro histórico, junto ao rio Danúbio e visitámos o castelo que - aliás como todos os castelos - tem uma vista magnifica sobre a cidade e o rio.


Castelo de Bratislava



Pormenor arquitectónico do Castelo de Bratislava

Não somos só nós que assassinamos a arquitectura, ai não não somos!



Esta, bem como algumas outras cidades europeias que temos visitado, e pelo menos dentro do centro histórico, é rica em estátuas de cidadãos anónimos em tamanho real, ou quase real, em posições bastante originais. Acho piada, devo confessar.



Mesmo com um frio de entrar na espinha, não há maneira de esquecerem as esplanadas, mas desta vez não nos apeteceu sofrer. Venha o ar condicionado! O almoço foi delicioso, um prato típico composto por uma espécie de gnocchis com queijo cabra e bacon. Mesmo muito bom!


Praça central
Câmara Municipal

Praça poeta Hviezdoslav - ópera nacional

Ao lanche fomos a uma chocolateria, onde obviamente, pedimos um chocolate quente cada um. Não sei porquê o Pedro embirrou com o dito e eu, com enormíssimo sacrifício, bebi os dois. Era basicamente chocolate derretido, espesso come il faut. De ir às lágrimas. Claro que eu para falar de chocolate sou mais que parcial mas acreditem, era uma delícia!



Terminámos o nosso dia com um episódio um pouco caricato. Quando chegámos à estação de comboios para regressar a Budapeste e nos dirigímos para a plataforma, reparámos num amontoado de gente exaltada com dois agentes da polícia. Falava-se em várias línguas pois os polícias, logicamente, eram Eslovacos mas as restantes pessoas falavam inglês. Só quando vejo uma nota a passar da mão de uma das raparigas para a mão de um dos agentes e estes se afastam é que finalmente entendi o que se passava. A menina estava a fumar na plataforma e não podia. Foi autuada sumariamente. Ah pois é!