segunda-feira, 21 de junho de 2010

São Tomé e Príncipe - 1º dia

4 Junho 2010

Pico Cão Grande

Chegámos ao aeroporto de S. Tomé às 5h00 da manhã com uma noite muito mal dormida no avião, como seria de esperar.
Somos encaminhados para uma fila que parecia não andar e que finalmente nos coloca junto a um jovem que tinha como função ver os passaportes. O sorriso de parte a parte foi instantâneo. Desejou-nos boa estadia e boas férias. Começamos bem!
De seguida passamos por um senhor de bata branca – presumivelmente médico – a quem as pessoas que passavam mostravam a caderneta amarela da vacinação da febre-amarela. Quando vou mostrar as nossas duas cadernetas ele pergunta se somos portugueses, tendo respondido que sim ele achou que não seria necessário vê-las… Vá-se lá perceber.
Dirigimo-nos para a zona onde estava o reduzido tapete das malas, a poucos metros de distância e assim que conseguimos retirar a nossa somos abordados por uma Sra. Agente que nos revistou a mala. Basicamente levantou um pouco de roupa de um lado e repetiu do outro lado da mala. Está feito! E desenhou umas iniciais a giz no topo da mala. A minha mala novinha em folha...
Saímos do edifício e fomos logo abordados por pessoas que queriam vender colares, um dos meninos apresentou-se e disse-me que não me queria vender nada naquele dia mas que nos voltaríamos a encontrar no dia da partida, assim foi.


Meninos de "Porto Alegre"

Entrámos no autocarro do hotel que nos deixou na esplanada “Passante” durante uma hora para fazer tempo e conjugar com o horário do barco que iríamos apanhar.
Metemo-nos a caminho eram 7h30 e após 80 kms e 2h30 depois chegámos a Porto Alegre, no sul da ilha de São Tomé, onde apanhámos o barco até ao Ilheu das Rolas.


Resort Pestana Equador

Fomos recebidos com águas de coco e ao chegar ao quarto aterrámos a dormir de tão cansados. Bem feitas as contas ainda eram 10h30 e o dia já ia longo.
Acordámos depois do restaurante fechar mas o João Paulo – gerente do hotel – providenciou peixe fumo fresco grelhado no Bar Tartaruga. Uma delícia!

Marco do Equador

Pela tarde fomos visitar o marco do Equador e o Artur – rapaz da aldeia - acompanhou-nos. Ficámos assim a saber o que se passa na ilha segundo a sua versão.


Artur
Pelo que nos disse, já houve duas povoações na ilha sendo que apenas resta agora a sua, junto ao resort. O Grupo Pestana tem pago às famílias para se mudarem para a ilha de São Tomé.
Acontece que o dinheiro da indemnização já acabou e agora pretendem voltar para o ilhéu. Segundo o Artur não têm vindo porque têm contrato assinado que os impede.
Nas Rolas o dinheiro não é uma necessidade ao contrário da Ilha de São Tomé. Nas rolas os bens são oferecidos pela natureza que é de todos. Conseguem alimentos, perfume, produto para lavar os dentes… O essencial conseguem obter directamente da natureza.
O Artur tem 15 anos e diz ter o 8º ano de escolaridade. Pretende voltar a estudar mas a escola que havia no ilhéu deixou de existir e terá de ir para São Tomé para conseguir estudar.

Povoação do ilheu

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